sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Políticas sobre a liberdade de expressão no Brasil.


Nessa semana, conforme apresentado em jornais de grande circulação, um texto aprovado pelo diretório nacional do PT defende o controle público dos meios de comunicação e a criação de mecanismos de sanção à imprensa. No documento, intitulado "Resolução Sobre a Estratégia Petista na Confecom (Conferência Nacional de Comunicação)", o PT também defende mudanças no atual modelo de outorga de concessões no setor de comunicação que, segundo o partido, é anacrônico, autoritário e "privilegia grupos comerciais em detrimento dos interesses da população". “Esses modelos permitem a uns poucos grupos empresariais - muitas vezes associados a fortes conglomerados estrangeiros - exercer o controle quase absoluto sobre a produção e veiculação de conteúdos informativos e culturais”, diz o texto.

Nessa mesma semana, foi apresentado para uma platéia restrita o filme "Lula, o Filho do Brasil". O mesmo será lançado em rede nacional ano de eleição para suceder Lula. O filme não possuí dinheiro público, quem financiou a produção foram empresas privadas que não recorreram a leis de incentivo para fazê-lo. Empresas como AmBev, Camargo Corrêa, Embraer, Suez, Nestlé, OAS, Odebrecht, Oi e Volkswagen são algumas. O empresário Eike Batista contribuiu com R$ 1 milhão como pessoa física. Financiar esse filme é mais ou menos como contribuir com campanhas eleitorais. As empresas e os empresários o fazem com seu próprio dinheiro, mas buscam, é claro, abrir canais com o político financiado, manter um bom relacionamento ou sei lá mais o quê.

Acredito na relação destes acontecimentos, mas só poderemos ter um quadro geral da situação mais em longo prazo. Existe uma forte preocupação da mídia quanto, para que não ocorra o que vemos em alguns países da América Latina - e a Venezuela é um exemplo claro - é o crescimento de uma visão autoritária, centralizadora e antidemocrática. Bom, vamos ficar antenados para os próximos acontecimentos.

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